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O que todos devem saber sobre câmeras
 
 

Conversar com um nerd em câmeras ? ou mesmo ler sobre novas câmeras ?  pode parecer como tentar entender um idioma totalmente diferente. Mas  não precisa ser assim! Aqui, está tudo de que  você precisa saber sobre câmeras, mas sem o ruído.
Quando você compra uma câmera, você é apedrejado com especificações  de um vendedor, muitas das quais são confusas, ou mesmo enganosas. Você  então sente vontade de se agachar e cobrir a sua cabeça para protegê-la.  Ele vai continuar metralhando você com dados e mais dados. E, pra  sermos sinceros, ele precisa fazer isso ? tabelas de especificações e  jargões são parte integrante do marketing de câmeras, pelo menos por  ora. Eis o que tudo aquilo significa, em uma única relação prontinha pra  você.
Tipos de câmerasAntes de você sair para comprar uma nova câmera, ou mesmo apenas para  conhecer a sua um pouco melhor, você precisa saber a diferença entre os  tipos distintos de câmeras. Eis os mais frequentes pelos quais você  cruzará:
 Point-and-shoot: também conhecidas  por câmeras compactas. Se você não sabe qual tipo de câmera você está  procurando, ou qual o tipo que você possui, provavelmente é uma destas.  Elas são do menor estilo de câmera que existe, geralmente ? pelo menos  nos últimos anos ? tendendo para um formato de caixote em sua maior  parte sem grandes recursos. A lente não é removível. A unidade de flash é  embutida. Elas têm telas LCD na parte traseira, não apenas para ver as  fotos tiradas, mas para usar como visor também. Quando você aperta o  botão do obturador de uma point-and-shoot, existe um ligeiro retardo  antes da foto ser de fato registrada. Muitas novas câmeras  point-and-shoot gravam vídeo e algumas até conseguem gravar em HD.
Câmeras bridge/superzoom: estas câmeras  geralmente se parecem com DSLRs, mas não se engane! Elas são apenas  point-and-shoots bombadas. Elas muitas vezes virão com lentes mais  alongadas e especificações ligeiramente mais impressionantes que a sua  point-and-shoot média, além de dar a você uma flexibilidade fotográfica  um pouco maior pra brincar. Infelizmente, elas sofrem do mesmo retardo  na hora de tirar fotos, ou ?lag de obturador?, que as point-and-shoots. O  problema das câmeras ?bridge? (de transição), especialmente agora, é  que para você conseguir uma boa você precisa gastar pelo menos algumas  centenas de dólares, e com isso você já consegue uma....
DSLR: esta sigla desajeitada  significa ?Digital Single-Lens Reflex?, ou Câmera Digital de Reflexo por  Lente Única. Pra encurtar, isto significa que a câmera possui um  mecanismo de espelho que permite que os fotógrafos vejam por meio das  lentes da câmera enquanto ajusta a foto, e que ela se abre, expondo o  sensor da imagem (o equivalente ao filme em uma câmera digital). Num  sentido mais amplo, isto significa que a câmera terá lentes  intercambiáveis, um sensor maior que uma point-and-shoot e, até certo  ponto, mais controles de imagem. Quando você aperta o botão do obturador  em uma DSLR, ela tira a foto instantaneamente ? nenhum lag, como nas  point-and-shoot. Muitas DSLRs novas de preço médio a alto gravam vídeo  em HD, algumas conseguem 720p, algumas conseguem até 1080p, mas todas  dão resultados bastante impressionantes, boa parte em função das lentes  das câmeras. Dito isso, elas não estão exatamente prontas ainda para  substituir câmeras filmadoras específicas porque, entre outros fatores,  nenhuma DSLR até hoje consegue acertar direito este lance de foco  automático durante gravação de vídeo.
Estas são as câmeras que os fotógrafos, ou pessoas que se chamam de  fotógrafos, mais usam. Elas também são as capazes de tirar as melhores  fotos.
Como via de regra, as DSLRs são mais caras que as point-and-shoots.  Mas elas têm ficado mais baratas a cada dia que passa. Muito, muito mais  baratas. Olympus, Nikon, Pentax e Sony todas têm DSLRs que podem ser  compradas por menos de 500 dólares ? e estas são câmeras 
de verdade  ? que acabam deixando toda a categoria de câmeras ?bridge? um tanto  quanto inúteis.
Micro Four Thirds/Telêmetro Digital:  as câmeras Micro Four Thirds são câmeras de lentes intercambiáveis com a  remoção do visor que enxerga diretamente através das lentes que define  uma DSLR. Em outras palavras, elas têm sensores grandes como as DSLRs,  têm lentes intercambiáveis como as DSLRs, mas usam uma tela LCD de visor  como uma point-and-shoot. Isto economiza espaço dentro da câmera, o que  significa que ? pelo menos esta é a teoria ? ela pode ser mais portátil  que uma DSLR equivalente ao mesmo tempo em que mantém a mesma  versatilidade e qualidade de imagem. A maior parte delas grava vídeo  também, e são bem boazinhas nisso: elas não têm o sistema complexo de  visor/espelho de uma DSLR, então 
tecnicamente é mais simples  gravar vídeo. Algumas destas câmeras têm o estilo de uma DSLR, como a  Panasonic Lumix DMC-G1, enquanto outras são mais semelhantes a câmeras  portáteis, como a Olympus EP-1.
Por enquanto, esta é uma categoria pequena, os preços ainda estão nas  alturas, começando a partir de 750 dólares. A Panasonic e a Olympus são  basicamente as únicas que existem no momento.
Sensores
O sensor é a parte da câmera que de fato registra a imagem. Em outras  palavras, ele 
é a sua câmera.
Megapixels e resolução de imagem: megapixels têm  sido o foco do marketing de câmeras digitais desde o princípio (parece  um termo tão anos 90, não é?). Um megapixel, em resumo, é um milhão de  pixels. Se uma imagem (ou sensor) de um megapixels for perfeitamente  quadrada, ela teria 1000x1000 pixels. Elas geralmente são retangulares,  com proporções 4:3 ou 3:2, o que significa que suas resoluções ficam  mais ou menos assim: 2048x1536 pixels para uma câmera de 3 megapixels;  3264x2448 pixels para uma câmera de 8 megapixels, e por aí vai.
Conforme as câmeras digitais amadurecem, este número tende a  significar cada  vez menos ? é fácil atolar uma câmera de megapixels, mas sem boa  óptica e sensibilidade à luz, isto não significa que ela produzirá  imagens limpas e de alta qualidade com resolução tão alta. O meu celular  tira foto com 5 megapixels, mas as imagens parecem screenshots de  alguma espécie tosca de programa de caça a fantasmas. A minha DSLR já  tira a 10,1 megapixels, mas produz imagens com mais do dobro de nitidez e  clareza que o meu telefone. A minha point-and-shoot tem taxa nominal de  12,1 megapixels, mas se olharmos com atenção, as suas imagens são  efetivamente mais borradas que as da DSLR.
Se você estiver planejando fazer impressões enormes, ou se você  precisa cortar bastante as suas imagens, um alto valor de megapixels é  necessário, mas além de certo limite os retornos são mínimos. Você lerá  muitas instruções dos fabricantes de câmeras sobre quantos megapixels  você precisará para imprimir fotos de diferentes tamanhos, mas você pode  ignorar tudo isso porque estes valores parecem mudar a cada geração de  câmeras. A menos que você esteja imprimindo outdoors, ou em revistas e  publicações do gênero, não se esquente muito com isso.
Além de indicar quantos pontos uma câmera é capaz de capturar,  megapixels podem ser um indicador bastante útil de quão antigas podem  ser as entranhas de uma câmera. O valor de megapixels tem aumentado de  maneira relativamente constante ao longo dos anos, então dentro de uma  linha de câmeras de um determinado fabricante, mais megapixels pode vir a  significar sensores mais novos, o que pode, junto com alta resolução,  tirar fotos mais ricas e com menos ruído.
ISO: isto indica quão rapidamente o sensor da sua  câmera coleta luz ? quanto maior o ISSO, mais sensível é a sua câmera à  luminosidade e de menos luz você precisa parar tirar uma foto. E apesar  de alta capacidade de ISO ser bastante útil em baixa iluminação, este  índice é também útil quando você está tirando exposições extremamente  velozes durante o dia, como durante uma partida esportiva. No entanto,  com ISOs mais altos, mais se tem ruído ? algumas câmeras point-and-shoot  anunciam ter ISOs extremamente altos, na casa dos 6400. Tomadas com  esta sensibilidade invariavelmente ficarão uma merda. DSLRs, que possuem  sensores maiores e são melhores na captação de luz, podem às vezes  tirar fotos com ISO 6400 e até maior sem muito ruído.
Talvez ajude pensar da seguinte maneira: índices de ISO são na  verdade uma alusão aos tempos de filme fotográfico. Você costumava ter  que antecipar como você tiraria a sua foto e comprava o filme baseado na  sensibilidade dele, indicado pelo ?número de ASAs? (que  nada tinha a ver com asas, mas como era a velocidade do filme, todo  mundo achava que sim). Estes valores acabaram sendo transportados para  as câmeras digitais, apesar do filme ter sido substituído por sensores.
De todo modo, não compre uma câmera somente por causa do seu  índice ISO, porque existe uma boa chance de suas duas ou três maiores  configurações serem completamente inúteis.
CCD e CMOS: do nosso Giz Explica anterior  sobre o assunto:
Existem dois grandes tipos de sensores de imagem para  câmeras digitais e filmadoras: CCD (dispositivo  de carga acoplada) e CMOS (semicondutor metal-óxido  complementar, às vezes também conhecido como sensor de pixel). Nós  não vamos entrar muito a fundo nas diferenças mais geek porque você  realmente não precisa saber ou mesmo se importar com isso. O que você  deve saber é que as SLRs de nível mais alto (as câmeras grandes com  lentes removíveis) usam CMOS porque é mais fácil fazer sensores CMOS  maiores; o os telefones móveis o fazem porque o CMOS usa menos energia.  Dito isso, a maioria das câmeras point-and-shoot e a maioria das  filmadoras usam o sensor CCD, que é mais comum. A diferença para os consumidores é  mínima ? não se assuste de ver qualquer um deles nas especificações da  sua câmera. 
ATUALIZAÇÃO: como disseram alguns leitores  do post original, esta afirmação não está inteiramente correta: as DSLRs  ainda contam mais com sensores CMOS, inclusive a maioria das câmeras  mais potentes e recentes. De todo modo, ainda é mais um fato curioso do  que um argumento de compra mesmo, pelo menos para a maior parte das  pessoas.
 Equilíbrio de branco: você já viu imagens em  ambientes fechados que são total e inexplicavelmente laranjas? Isto é um  problema de equilíbrio de branco. A sua câmera é capaz de ajustar-se  para compensar diferentes temperaturas de cor ? iluminação de tungstênio  têm aquela tonalidade laranja, já a luz do Sol deixa as suas fotos  azuladas ? e corrigir a cor da sua imagem de acordo com a iluminação.  Virtualmente todas as câmeras permitem que você ajuste o equilíbrio de  branco com configurações já prontas, apesar de ser melhor você fazê-lo  manualmente mesmo.
 Tamanho de sensor e fator de corte: algumas câmeras  possuem sensores que são aproximadamente do mesmo tamanho de filme  35mm, com 36x24mm. Estas são chamadas câmeras full frame. Elas tendem a  ser mais caras ? como as séries 5D e 1D da Canon, ou as D3 da Nikon ? e  seus corpos tendem a ser um pouco maiores. Basicamente equipamento  profissional ou semiprofissional.
Por outro lado, sensores APS-C são o que tem em quase todas as DSLRs  básicas. Estes sensores têm aproximadamente 22x15mm, o que é  significativamente menor que o sensor de uma full frame. E por que isto  importa? Sensores maiores proporcionam mais espaço para cada pixel, o  que os torna melhores na captação de luz. (A analogia  do balde é útil neste caso.) No entanto, mais importante para os  usuários de APS-C é o fator de corte. Um sensor menor captará uma seção  menor do que vem pela lente, ou seja, uma lente de 200mm em uma DSLR  full frame torna-se uma lente de 300mm em uma câmera APS-C, uma de 50mm  torna-se uma de 75mm, etc. Logicamente, os fabricantes de câmeras fazem  lentes específicas para APS-C que são 
projetadas para os  sensores menores, mas os comprimentos focais relacionados não são  ajustados ? eles ainda são valores equivalentes aos de 35mm. Só fique  atento porque toda lente tira fotos diferentes de um tipo de câmera para  outro.
Óptica
É 
por aqui que a sua câmera enxerga. Basicamente, estas peças  são os globos  oculares.
 Lentes removíveis: existem, em geral, dois tipos de  lentes removíveis. As que afastam e aproximam a imagem, que são  chamadas de lentes "zoom", e as que não se movem. Estas são chamadas de  lentes "primes". Elas são todas classificadas pelo comprimento focal. Em  termos mais estritos, o comprimento focal se refere à distância  necessária para um sistema de lentes focar na luz. Em termos reais, o  comprimento focal é 
aproximadamente correlacionado ao  comprimento físico da lente e ajuda a indicar quanto uma lente amplia  uma imagem. Um comprimento focal de 18mm em uma DSLR é considerado  amplo, já 200mm ou mais seria considerado uma lente telefoto.
 Lentes point-and-shoot e o Fator X: o segundo  número mais divulgado do irritante rol de recursos da sua  point-and-shoot é o fator de zoom. Ele será expresso como um número e um  'x' depois: 5x, 10x, etc. Você verá um alcance impresso, algo como  5.0-25mm, que descreve o comprimento focal da lente. Eis um truque:  divida o maior dos comprimentos focais pelo menor. O resultado deve ser  igual ao seu nível 'x' de zoom, porque, digamos, ele 
só indica isso  mesmo: o quociente entre o comprimento máximo da lente e o  comprimento mínimo.
Esta indicação é enganosa. Montada na mesma câmera, uma lente que  aproxima de 50mm para 100mm seria chamada de lente 2x, enquanto uma  lente que aproximasse de 18mm para 54mm seria chamada de lente 3x, mesmo  que, na sua distância máxima, ela não desse zoom tão longe quanto a  lente 50-100mm faz no seu nível mínimo. Leve esta equação em  consideração quando estiver comparando point-and-shoots, mas o mais  importante mesmo é testá-la. Você perceberá a diferença.
 Obturador, velocidade de obturador e lag de obturador:  o seu obturador é aquela portinha que se abre entre a sua lente e o seu  sensor, permitindo a exposição fotográfica. As faixas de velocidade de  obturador são propagandeadas com a intenção de querer dizer que a câmera  será útil nas duas extremidades: da longa exposição de 10 segundos à  tomada ultraveloz de 1/4000 segundo. Tenha em mente, para ambos os  valores, que a velocidade do obturador por si só não garante nada. Se a  sua câmera puder tirar fotos a 1/4000 segundo mas tiver uma abertura  pequena e baixo índice ISO, as suas fotos provavelmente ficarão muito  escuras.
Lag de obturador é totalmente outra coisa. Sabe quando você usa uma  point-and-shoot e tem aquele retardo frustrante entre o momento que você  aperta o botão e quando a foto de fato é tirada? É isso. Quanto menor o  lag do obturador, melhor, apesar de muitos fabricantes de câmeras nem  se importarem em anunciar este valor.
Abertura: este é o buraco pelo qual a luz passa após  ter passado por parte da sua lente e antes de chegar ao seu sensor.  Quanto maior a abertura, mais luz entra. Quanto menor a abertura, menos  luz entra. Aberturas maiores permitem que você tire fotos em situações  de baixa luminosidade, mas permitem que você foque em um plano fino ? ou  o seu fundo ou a frente da imagem ficará fora de foco. Aberturas  menores permitem que você mantenha mais do cenário em foco, mas permitem  que menos luz entre e requerem tempos de exposição maiores. As  aberturas são descritas por f-números ? são a razão entre a largura de  uma abertura e o comprimento focal de uma lente. Quanto menor o número,  maior a abertura.
 Zoom digital vs. óptico: outro algoz do comprador  de câmeras é o zoom digital. O óptico é a ampliação feita pela sua lente  ? em outras palavras, é o 
verdadeiro zoom. O zoom digital é  apenas a sua câmera pegando uma imagem com zoom óptico e a ampliando,  como você o faz no Photoshop. É útil apenas para colocar fotos em quadro  em às vezes ajuda você a manter o foco adequado da sua câmera. Fora  isso, é apenas uma besteirinha: ignore-o, tire fotos amplas e corte-as  depois.
 Estabilização de imagem, ou antitremedeira: a  estabilização de imagem está rapidamente se tornando um recurso padrão  até mesmo nas câmeras mais baratas, mas você consegue encontrar umas  point-and-shoots abaixo de 150 dólares sem isso. A ideia da  estabilização de imagem é corrigir os movimentos da sua câmera durante  uma exposição, algo que gera tomadas borradas.
Existem dois tipos: a estabilização de imagem digital, que você  encontrará em sua maioria nas point-and-shoots, corrige a imagem por  software e pode ser relativamente eficaz, apesar de os resultdos serem  apenas toleráveis, não perfeitos. A estabilização de imagem óptica  fisicamente move parte da sua câmera para compensar a tremedeira. Em  algumas câmeras, como Nikons e Canons, as partes móveis ficam nas  lentes. Nas DSLRs da maioria dos demais fabricantes, é o 
sensor  que de fato se move para estabilizar a imagem. A estabilização de  imagem óptica quase sempre funciona melhor, mas não é mágica ? você não  conseguirá fotografar uma exposição de quatro segundos de constante  movimentação só porque ela está ligada, mas você talvez consiga manter  as coisas estáveis por meio segundo ou um pouco mais.
Software
 "Modos", Detecção de Rosto, Detecção de Sorriso: os  modos da sua câmera são 
ferramentas de assistência, não  recursos reais. Eles são geralmente apenas seleções para configurações  que você pode ajustar sozinho, como as opções pré-prontas de equalizador  do seu iPod. Elas podem ser úteis, mas você será um fotógrafo melhor se  mexer você mesmo nas suas configurações.
Novamente, a detecção de rosto e sorriso são como muletas. A detecção  de rosto adivinha quando há um humano na foto para que a câmera possa  ajustar exposição, equilíbrio de branco e foco de forma que o tal humano  não saia borrado. A detecção de sorriso é um algoritmo meio cru que  mede as expressões faciais e não tira foto até os objetivos serem  julgados como estando SUFICIENTEMENTE CONTENTES, ou seja, até eles terem  bocas vagamente em formato de crescente. É uma boa maneira de  certificar-se de que ninguém arruinará uma foto com uma careta. Além  disso, ajuda a garantir que nenhuma das suas fotos será interessante.
 Formatos de imagem: a sua câmera digital não possui  filme, mas as suas fotos precisam ir para 
algum lugar. Nas  câmeras de hoje, as fotos armazenadas digitalmente ficam ou em arquivos  JPEG ou RAW. Arquivos JPEG são compactados, o que significa que eles são  codificados de maneira a não ocuparem muito espaço, mas perdem uma  pequena quantidade de qualidade. É assim que quase sempre as  point-and-shoot armazenam as imagens e também geralmente como as DSLRs  armazenam suas imagens por default.
Se os JPEGs são como impressões de fotos (não são, mas acompanhe o  raciocínio), então arquivos RAW são como os negativos digitais (na  verdade, um popular formato RAW, o .DNG, basicamente significa "digital  negative", ou negativo digital). Arquivos RAW contêm quase exatamente o  que o seu sensor registrou, o que significa que você pode alterar  valores como exposição, equilíbrio de branco e coloração depois de tirar  a foto, até um certo nível surpreendentemente alto. Parece até trapaça!  Mas tem um ponto negativo: arquivos de imagens maiores. E, dependendo  do tipo de arquivo RAW ? diferentes fabricantes de câmeras possuem  diferentes tipos ? você pode vir a precisar de um software especial para  visualizar e editar as suas fotos. Tire em RAW sempre que puder e  compre uma câmera que permita que você o faça. Trata-se de um enorme  recurso.
Como bônus, a maioria das câmeras que grava em RAW também permite que  você grave arquivos RAW e JPEG simultaneamente, assim você terá um  arquivo leve e pronto para imprimir ou baixar pro computador, além de  uma fonte RAW para edição posterior. Precisa de uma tonelada de espaço,  mas poxa, espaço é barato atualmente. Gaste uma graninha em um cartão de  memória um pouquinho maior e 
viva a sua vida.
 Vídeo: a maior parte das novas câmeras, inclusive  algumas DSLRs, grava vídeo. Mas só porque a sua câmera tira instantâneos  com 10 megapixels não significa que ela gravará nem remotamente perto  desta resolução algo em movimnto. A resolução padrão para a maioria das  câmeras point-and-shoot é VGA ? isto dá apenas 640x480 pixels de vídeo, o  que é suficientemente bom para YouTube ? enquanto DSLRs e algumas  point-and-shoots melhorzinhas filmam em 720p ou em 1080p, que já são  resoluções HD, traduzindo-se, respectivamente, em 1280x720 pixels e  1920x1080 pixels.
Armazenagem
Câmeras point-and-shoot geralmente vêm com uma pequena quantidade de  armazenagem onboard. Tenho certeza absoluta de que isto é para que a sua  câmera tecnicamente funciona assim que você a compra, fazendo com que a  inevitável compra de espaço extra de armazenagem pareça ser apenas uma  questão de opção e menos uma questão de taxa obrigatória. De todo modo,  com qualquer câmera você precisará comprar alguma memória, ou espaço de  armazenagem.
Ainda existem alguns formatos periféricos de cartão memória perambulando  por aí (Sony, você poderia encarecidamente acabar de vez com a vida  miserável do Memory Stick Pro? Valeu!), mas apenas dois importam.
SD: também visto como SDHC, ou SDXC, estes carinhas  são o cartão a se escolher para câmeras point-and-shoot and 'bridge', e  também em algumas DSLRs mais recentes. Eles são pequenos, funcionam bem e  existem em praticamente qualquer capacidade que você poderia querer. 
Quase.  A maioria das câmeras é compatível apenas com o SDHC, um padrão que tem  como capacidade máxima 32GB. Já o SDXC, a próxima evolução do padrão  SD, tem um máximo teórico de 2TB. No entanto, praticamente nenhuma  câmera suporta este formato ainda.
Compact Flash: estes cartões são mais volumosos, 
podem  vir a ser mais rápidos e são mais duráveis, além de comicamente  menos propensos a sofrer danos devido a temperatura e condições  climáticas. São estes que você encontrará em DSLRs.
 Taxas de velocidade: os cartões de memória vêm em  diferentes velocidades. Estas são anunciadas de inúmeras maneiras  diferentes, mas 
por nenhum motivo aparente. Você verá um par de  números na maioria dos cartões, na sintaxe "133x". Ignore-os ? eles são  inflados, desregulados e, portanto, basicamente sem sentido. O que você  deve buscar nos cartões SD é a sua Classe, de 1-6. Eis a tabela oficial  da Associação SD:

Para cartões Compact Flash, a sua melhor opção é procurar por uma  taxa de transferência real no cartão, expressa em MB/s.
 Outras leituras
Reviews: um único blog de gadgets, por mais que tentemos,  não é capaz de cobrir centenas de câmeras que são lançadas todos os  anos. Nós preferimos deixar isso para os obsessivos. Veja só:
? DPReview
? The  Photography Bay
? Photography  Review
? Photo.net
Você realmente não deve comprar uma câmera sem consultar estes caras  antes. Eles têm o hábito de se perder em jargões às vezes, mas poxa, se  você já leu até aqui, com certeza você sobrevive a eles.
Tirando fotos: agora que você já tem o seu doce a  tiracolo, você deve estar se sentindo máximo. Sabe o que deixaria ainda  mais radiante? Aprender a tirar foto, oras! Alguns dos nossos mais  recentes guias:
? O  básico: a sua nova câmera foi retirada da caixa. Já foi mexida. Seu  gato já foi fotografado incontáveis vezes. E agora?
? Quando  não usar o flash: a resposta: praticamente sempre.
? Como  tirar fotos HDR: tirar fotos hiperreais ao combinar múltiplas  exposições sem aquilo que chamamos de "vômito de palhaço".
? Para dicas em geral, a lista comicamente extensa de guias de  fotografia do Photo.net  fornece instruções por virtualmente qualquer cenário. Precisa  fotografar, digamos, umas pessoas nuas? Debaixo, hummm....da fortíssima  luz do Sol das savanas da Namíbia? Ah, eles te ajudam nisso também.
E apesar de guias amplos serem úteis, eu aprendi mais sobre  fotografia e câmeras com o Flickr do que com qualquer outra fonte.  Junte-se ao grupo do Flickr da sua câmera e passe um tempinho nos fóruns  de mensagens. Você aprenderá truques bacanas para aproveitar o máximo  do seu equipamento, mas ao fazer isso, com o auxílio de uma bondosa  comunidade você aprenderá também bastante coisa sobre fotografia como um  todo.
Autor  John Herrman
 
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